9. Regimes de Previdência Complementar

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9. Regimes de Previdência Complementar

A previdência complementar no Brasil é um sistema opcional e paralelo ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e aos regimes próprios de previdência dos servidores públicos. Ela tem como objetivo proporcionar uma renda adicional na aposentadoria, complementando os benefícios do sistema oficial de previdência. Os regimes de previdência complementar dividem-se em dois grandes grupos: os planos de benefícios oferecidos pelas entidades fechadas de previdência complementar, conhecidos como fundos de pensão, e aqueles oferecidos pelas entidades abertas de previdência complementar.

Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)

As EFPC, ou fundos de pensão, são entidades sem fins lucrativos criadas para administrar e executar planos de previdência complementar. São acessíveis apenas a empregados de uma empresa ou grupo de empresas (patrocinadores) ou a associados de uma entidade de classe ou setorial (instituidores). Os planos oferecidos pelas EFPC são denominados planos fechados.

Os fundos de pensão são constituídos sob a forma de fundação ou sociedade civil, sendo regulados e fiscalizados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). Eles operam sob o regime de capitalização, onde as contribuições dos participantes e patrocinadores são acumuladas ao longo do tempo e investidas no mercado financeiro, formando uma reserva que será utilizada para o pagamento dos benefícios futuros.

Os planos de benefícios podem ser estruturados de diversas formas, como:

  • Plano de Benefício Definido (BD): o benefício futuro é previamente definido, e as contribuições são ajustadas periodicamente para garantir o pagamento do benefício prometido.
  • Plano de Contribuição Definida (CD): as contribuições são fixas, e o benefício a ser recebido depende do montante acumulado e dos rendimentos obtidos com a aplicação dos recursos.
  • Plano de Contribuição Variável (CV): uma combinação dos dois tipos anteriores, onde parte do benefício é definida e outra parte depende das contribuições e dos rendimentos.

Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC)

As EAPC são entidades com fins lucrativos, como seguradoras e bancos, que oferecem planos de previdência complementar abertos ao público em geral. Os produtos mais conhecidos são o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

O PGBL é mais indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, pois permite deduzir as contribuições da base de cálculo do IR até o limite de 12% da renda bruta anual tributável. O VGBL é mais adequado para quem faz a declaração simplificada ou não é tributado pelo IR, pois não permite a dedução das contribuições, mas oferece vantagens fiscais no momento do resgate ou recebimento do benefício.

As EAPC também são reguladas e fiscalizadas por órgãos governamentais, no caso, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e a Secretaria de Previdência Complementar (SPC), e operam sob o regime de capitalização.

Regulação e Fiscalização

A regulação e fiscalização dos regimes de previdência complementar são essenciais para garantir a segurança, solidez e transparência do sistema. A PREVIC e a SUSEP são os órgãos responsáveis por estabelecer normas e fiscalizar as entidades de previdência complementar, respectivamente, fechadas e abertas.

Esses órgãos atuam para assegurar que as entidades cumpram as normas de governança, gestão de riscos, investimentos, solvência e transparência, protegendo os direitos dos participantes e beneficiários dos planos de previdência complementar.

Vantagens e Desvantagens

A previdência complementar oferece vantagens como a possibilidade de acumular uma reserva financeira para a aposentadoria, a gestão profissional dos recursos, benefícios fiscais e a proteção contra a inflação e a longevidade. Contudo, também existem desvantagens, como a complexidade dos produtos, os custos administrativos e de gestão, e os riscos de mercado associados aos investimentos.

Importância para os Concursos

Para os candidatos a concursos públicos que envolvem conhecimentos em direito previdenciário, é fundamental compreender os regimes de previdência complementar. Questões sobre a legislação aplicável, a estrutura e funcionamento dos planos, os direitos e deveres dos participantes, patrocinadores e instituidores, bem como a regulação e fiscalização do sistema, são frequentemente abordadas em provas de concursos.

Além disso, o conhecimento sobre previdência complementar é relevante para a atuação profissional em diversas áreas do setor público, especialmente em órgãos de controle e fiscalização, como tribunais de contas e agências reguladoras.

Conclusão

A previdência complementar é um componente essencial do sistema de seguridade social no Brasil, oferecendo aos trabalhadores a oportunidade de garantir uma renda adicional na aposentadoria. Seu estudo é imprescindível para aqueles que almejam aprovação em concursos públicos na área previdenciária e para profissionais que atuam ou pretendem atuar no setor. Compreender os regimes de previdência complementar é, portanto, um passo fundamental para aprofundar o conhecimento em direito previdenciário.

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