3.11. Classificação das Feridas: Feridas Diabéticas: Classificação e Tratamento

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3.11. Classificação das Feridas: Feridas Diabéticas: Classificação e Tratamento

A enfermagem desempenha um papel crucial no manejo de feridas, especialmente no caso de feridas diabéticas, que são uma complicação comum do diabetes mellitus. Essas feridas podem ser classificadas de várias maneiras, dependendo de fatores como a localização, a causa, a profundidade e a extensão da ferida, bem como a presença de infecção e necrose. Compreender essa classificação é essencial para o tratamento eficaz dessas feridas.

Classificação das Feridas Diabéticas

A classificação mais comumente utilizada para feridas diabéticas é o Sistema de Classificação de Wagner, que classifica as feridas de 0 a 5 com base na profundidade e na presença de gangrena. As feridas de Grau 0 são as que ainda não se abriram, enquanto as de Grau 5 são as mais graves, com gangrena extensa que afeta todo o pé.

Grau 0:

A pele está intacta, mas há uma área de pressão alta ou deformidade óssea que aumenta o risco de úlcera.

Grau 1:

Uma úlcera superficial que envolve apenas a camada superior da pele.

Grau 2:

Uma úlcera que se estende até o tendão, o osso, ou a cápsula articular.

Grau 3:

Uma úlcera profunda com celulite ou abscesso, mas sem gangrena.

Grau 4:

Gangrena limitada aos dedos do pé ou ao antepé.

Grau 5:

Gangrena extensa do pé.

Tratamento das Feridas Diabéticas

O tratamento das feridas diabéticas envolve uma abordagem multifacetada que inclui o controle do açúcar no sangue, o desbridamento da ferida, o uso de curativos adequados, a prevenção e o tratamento de infecções, e a redução da pressão sobre a ferida.

Controle do Açúcar no Sangue:

O controle rigoroso do açúcar no sangue é essencial para a cicatrização das feridas. O alto nível de açúcar no sangue pode prejudicar a circulação e a função imunológica, dificultando a cicatrização das feridas.

Desbridamento da Ferida:

O desbridamento envolve a remoção de tecido morto, infectado ou danificado da ferida para promover a cicatrização. Isso pode ser feito cirurgicamente, com enzimas, ou com terapias de bio-desbridamento, como as larvas de moscas.

Curativos:

O uso de curativos adequados é crucial para proteger a ferida de infecções e para manter um ambiente úmido que promova a cicatrização. Existem muitos tipos diferentes de curativos disponíveis, incluindo curativos de alginato, hidrogel, espuma e hidrocolóide.

Prevenção e Tratamento de Infecções:

As feridas diabéticas são propensas a infecções, que podem retardar a cicatrização e levar a complicações graves. A prevenção de infecções envolve a limpeza regular da ferida e o uso de curativos antimicrobianos. Se uma infecção se desenvolver, pode ser necessário o uso de antibióticos.

Redução da Pressão:

Reduzir a pressão sobre a ferida é importante para permitir a cicatrização. Isso pode ser alcançado com o uso de dispositivos ortopédicos, como palmilhas personalizadas e calçados terapêuticos.

Em conclusão, o tratamento eficaz das feridas diabéticas requer uma compreensão clara de sua classificação e uma abordagem abrangente que aborde todos os aspectos do manejo das feridas. A enfermagem desempenha um papel vital nesse processo, proporcionando cuidados de feridas especializados e coordenando o cuidado do paciente com outros profissionais de saúde.

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Qual é o papel da enfermagem no tratamento de feridas diabéticas e como as feridas são classificadas?

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