A arquitetura cliente-servidor é um modelo de computação que divide as tarefas de comunicação e processamento entre dois tipos principais de entidades: os servidores e os clientes. Esse modelo desempenha um papel crucial no funcionamento das redes, especialmente na forma como interagimos com a internet e outros sistemas computacionais.

No cerne da arquitetura cliente-servidor está a distinção clara entre cliente e servidor. O cliente é um dispositivo ou programa que solicita serviços ou recursos de outro dispositivo ou programa no qual esteja baseado o servidor. O servidor, por sua vez, é responsável por fornecer serviços ou recursos aos clientes. Esta estrutura proporciona uma divisão eficaz de responsabilidades, promovendo a escalabilidade e a distribuição de tarefas através de uma rede.

Existem vários tipos de arquiteturas cliente-servidor, incluindo:

  • Arquitetura de duas camadas: Nesta configuração básica, o cliente interage diretamente com o servidor. O cliente requer recursos, e o servidor responde a essas solicitações. Este tipo de arquitetura é amplamente utilizado em redes menores e em aplicativos desktop. Um exemplo clássico é um cliente de banco de dados que solicita dados diretamente de um servidor de banco de dados.
  • Arquitetura de três camadas: Este modelo introduz uma terceira camada entre o cliente e o servidor, chamada de camada de aplicação ou lógica de negócio. Essa camada processa a lógica das operações solicitadas pelo cliente antes de acessar o servidor de dados. Essa arquitetura melhora a segurança e a capacidade de gerenciamento, uma vez que a exposição direta ao servidor de dados é reduzida. Um exemplo típico são os sistemas web onde o cliente (navegador) interage com a aplicação (servidor de aplicação) que se comunica com o servidor de banco de dados.
  • Arquitetura multicamadas: É uma extensão da arquitetura de três camadas, onde várias camadas adicionais podem estar presentes. Esses sistemas são altamente escaláveis e usados em ambientes complexos, como grandes sistemas corporativos e aplicativos de nuvem. Isso permite uma divisão mais granular de responsabilidades e facilita a distribuição de carga.

A natureza desse modelo facilita também a integração de novos serviços e a manutenção dos serviços existentes. Adicionar um novo serviço pode muitas vezes apenas requerer a adição de um novo servidor dedicado à rede, sem necessidade de alteração dos clientes já existentes.

O funcionamento do modelo cliente-servidor pode ser ilustrado por meio do processo de navegação na web. Quando um usuário insere um endereço de URL em seu navegador (cliente), o navegador envia uma solicitação HTTP ao servidor web. Este servidor web, por sua vez, processa essa solicitação, recupera os dados solicitados (como um documento HTML) e os envia de volta ao navegador. Essa interação cliente-servidor ocorre sem que o usuário precise interagir com a infraestrutura subjacente, evidenciando a eficiência desse modelo.

A principal vantagem da arquitetura cliente-servidor é a eficiência e flexibilidade que ela proporciona. Ao centralizar a gestão de recursos e serviços em servidores, as organizações podem otimizar o uso de recursos, aplicar políticas de segurança uniformemente, e garantir a manutenção mais fácil de sistemas e atualizações. Além disso, a distribuição de funções entre cliente e servidor também permite que os usuários finais interajam com sistemas mais complexos sem necessidade de capacidade de processamento avançada ou armazenamento em seus dispositivos cliente.

No entanto, existem algumas desvantagens e desafios associados ao modelo cliente-servidor, entre eles:

  • Ponto único de falha: Se um servidor falhar, ele pode interromper todos os serviços associados, afetando assim a operação para todos os clientes que dependem dele.
  • Complexidade de Configuração: A configuração inicial de servidores pode ser complexa, especialmente quando se trata de garantir a segurança e a administração correta dos dados.
  • Recursos de Infra-estrutura Necessários: Manter uma infraestrutura de servidor pode ser caro e exigir habilidades técnicas especializadas para administração e suporte contínuos.

Para mitigar esses desafios, avanços como computação em nuvem, balanceamento de carga e virtualização têm sido amplamente adotados. Esses avanços permitem que as organizações se beneficiem de maior resiliência, melhor distribuição de recursos e soluções de backup mais robustas.

Em conclusão, a arquitetura cliente-servidor é e continuará a ser um pivô em redes de computadores. Com sua clara divisão de funções e a capacidade de conexão em rede eficiente, essa abordagem continuará a apoiar o crescimento e a evolução da internet e das redes de computadores em geral. Com tecnologias emergentes e demandas crescentes por serviços em rede, o modelo cliente-servidor provará ser um componente indispensável da infraestrutura digital contemporânea e futura.

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