A estilística é um ramo da linguística que estuda a utilização dos recursos linguísticos na construção de um texto. As figuras de construção, também conhecidas como figuras de sintaxe, são uma parte importante desse estudo. Elas são usadas para enfatizar, ampliar ou reduzir o significado de uma frase, para criar ritmo ou para tornar um texto mais atraente ou persuasivo. Para a prova do Enem, é importante não apenas reconhecer essas figuras, mas também entender como elas contribuem para o sentido geral de um texto.

As figuras de construção podem ser divididas em várias categorias, incluindo elipse, zeugma, silepse, polissíndeto, assíndeto, anáfora, pleonasmo, hipérbato, anástrofe, sínquise, hipálage, quíasmo, paralelismo, gradação e poliptoto.

A elipse é a omissão de um termo que pode ser facilmente entendido pelo contexto. Por exemplo, na frase "Naquela manhã, acordou cedo e foi à escola", o sujeito da segunda oração (ele ou ela) é omitido, mas pode ser facilmente inferido.

O zeugma é semelhante à elipse, mas envolve a omissão de uma palavra que já foi mencionada anteriormente. Por exemplo, em "Comprei um livro e o li em uma tarde", o verbo "li" está em zeugma com "comprei".

A silepse é uma concordância que se baseia no sentido implícito de uma frase, em vez de sua forma gramatical. Por exemplo, em "Vossa Excelência está preocupado", a concordância é feita com o gênero da pessoa a quem se refere (geralmente masculino), e não com o termo "Vossa Excelência", que é feminino.

O polissíndeto é a repetição de conjunções, geralmente para criar ênfase ou ritmo. Por exemplo, em "Ele estudou e estudou e estudou, mas ainda assim não passou na prova".

O assíndeto é a omissão de conjunções, o que pode acelerar o ritmo de uma frase. Por exemplo, em "Acordou, vestiu-se, saiu".

A anáfora é a repetição de uma palavra ou frase no início de várias frases ou versos consecutivos. Por exemplo, em "Não quero mais isso. Não quero mais aquilo. Não quero mais nada".

O pleonasmo é a repetição desnecessária de uma ideia, geralmente para enfatizá-la. Por exemplo, em "subir para cima" ou "ver com os próprios olhos".

O hipérbato é a inversão da ordem normal das palavras, geralmente para ênfase ou para se adequar a um determinado ritmo ou rima. Por exemplo, em "Do campo os frutos colheu".

A anástrofe é um tipo de hipérbato que envolve a inversão de duas palavras. Por exemplo, em "Os frutos, colheu-os".

A sínquise é uma confusão na ordem das palavras, que pode ser usada para criar um efeito de surpresa ou confusão. Por exemplo, em "Aos amigos, os livros, a casa, tudo, renunciou".

A hipálage é a atribuição de uma característica a uma palavra que normalmente não a teria. Por exemplo, em "A alegre manhã despertou".

O quíasma é a inversão da ordem das palavras em duas frases paralelas. Por exemplo, em "Amei muito para odiar tão pouco; odiei muito para amar tão pouco".

O paralelismo é a repetição da mesma estrutura gramatical em várias frases ou partes de uma frase. Por exemplo, em "Caminhando e cantando e seguindo a canção".

A gradação é uma sequência de palavras ou ideias que progridem em grau. Por exemplo, em "Caminhou, correu, voou".

Finalmente, o poliptoto é a repetição de uma mesma palavra em diferentes formas gramaticais. Por exemplo, em "Quem canta, seus males espanta".

Essas figuras de construção são ferramentas poderosas que os escritores podem usar para tornar seus textos mais eficazes e atraentes. Ao estudá-las para a prova do Enem, os alunos não apenas melhorarão suas habilidades de leitura e escrita, mas também ganharão uma maior apreciação da beleza e complexidade da língua portuguesa.

Agora responda o exercício sobre o conteúdo:

Qual das seguintes afirmações descreve corretamente a figura de construção chamada "anáfora"?

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