11.3. Configuração de um pipeline de Integração Contínua (CI): Configuração do Repositório de Código

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11.3 Configuração de um Pipeline de Integração Contínua (CI)

A Integração Contínua (CI) é uma prática de desenvolvimento de software onde os membros de uma equipe integram seu trabalho frequentemente, geralmente cada um integrando pelo menos diariamente, levando a múltiplas integrações por dia. Cada integração é verificada por um build automatizado (incluindo teste) para detectar erros de integração o mais rápido possível. Isso envolve tanto a configuração de um repositório de código quanto a definição de um pipeline de CI.

Configuração do Repositório de Código

Antes de configurar um pipeline de CI, é essencial estabelecer um repositório de código eficiente. Um repositório de código é o local onde o código-fonte do projeto é armazenado e gerenciado. Os sistemas de controle de versão como Git são amplamente utilizados para este fim, com plataformas como GitHub, GitLab e Bitbucket oferecendo repositórios remotos que facilitam a colaboração e a integração contínua.

Escolha da Plataforma de Hospedagem de Código

A primeira etapa é escolher uma plataforma de hospedagem de código que se alinhe com as necessidades do projeto e da equipe. Cada plataforma tem seus próprios recursos e benefícios, como a integração com ferramentas de CI/CD, gerenciamento de permissões, revisão de código e relatórios de problemas.

Criação e Configuração do Repositório

Após a escolha da plataforma, é necessário criar um novo repositório. Durante a criação, você pode adicionar um arquivo README, licença e .gitignore, que são essenciais para qualquer projeto. O arquivo README fornece informações sobre o projeto, enquanto o .gitignore especifica arquivos e diretórios a serem ignorados pelo controle de versão. A licença define como o código pode ser usado por outros.

Gerenciamento de Branches

Uma estratégia de gerenciamento de branches eficaz é crucial para a CI. O Git permite várias estratégias como Git Flow e Trunk Based Development. No contexto de CI, muitas equipes preferem a abordagem Trunk Based Development, que incentiva commits frequentes no branch principal (trunk/master) para facilitar a integração contínua.

Proteção de Branches

As plataformas de hospedagem de código geralmente oferecem funcionalidades para proteger branches importantes. Por exemplo, é possível configurar o branch principal para exigir revisões de código e testes de CI bem-sucedidos antes que os merges possam ser realizados. Isso ajuda a manter a qualidade e a estabilidade do código no branch principal.

Webhooks e Integração com Ferramentas de CI

Webhooks são usados para disparar ações automáticas quando ocorrem eventos específicos no repositório. Na configuração de um pipeline de CI, webhooks podem ser configurados para iniciar builds automáticos sempre que o código é empurrado (pushed) para o repositório ou quando um pull request é criado.

Definição do Pipeline de CI

Com o repositório de código configurado, a próxima etapa é definir o pipeline de CI. Um pipeline de CI é uma série de etapas que o código deve passar para ir do repositório ao ambiente de produção. Isso geralmente inclui etapas como compilação, teste e, em alguns casos, implantação em um ambiente de staging.

Ferramentas de CI

Existem várias ferramentas de CI no mercado, como Jenkins, Travis CI, GitLab CI, CircleCI e GitHub Actions. Cada uma tem suas próprias características e formas de configuração. A escolha da ferramenta dependerá das necessidades específicas do projeto e da familiaridade da equipe com a ferramenta.

Arquivo de Configuração do CI

As ferramentas de CI modernas geralmente usam um arquivo de configuração YAML ou JSON que define o pipeline. Este arquivo especifica as etapas do pipeline, os ambientes de execução (como contêineres Docker), e as ações que devem ser tomadas em resposta a eventos diferentes no repositório de código.

Script de Build

O script de build é onde você define como o software é construído. Isso pode incluir a compilação do código, a execução de testes unitários, a geração de artefatos (como arquivos .jar ou .war para aplicações Java), e a verificação de qualidade do código.

Testes Automatizados

Uma parte crucial do pipeline de CI são os testes automatizados. Isso inclui testes unitários, testes de integração, testes de sistema e, em alguns casos, testes de desempenho e segurança. A execução bem-sucedida desses testes é um indicador de que o código é estável e pronto para ser integrado com o trabalho de outros desenvolvedores ou para ser promovido para o próximo estágio do pipeline.

Notificações e Relatórios

As notificações são configuradas para alertar a equipe quando um build falha ou passa. Isso pode ser feito por e-mail, Slack, ou outro sistema de mensagens. Relatórios detalhados de build e testes são gerados para fornecer insights sobre a saúde do código e identificar problemas rapidamente.

Concluindo, a configuração de um pipeline de CI envolve a configuração cuidadosa do repositório de código e a definição de um conjunto de etapas de build e teste automatizadas. Ao seguir as melhores práticas e usar as ferramentas certas, as equipes podem garantir que o código está sempre em um estado integrável, reduzindo o risco de problemas de integração e acelerando o ciclo de lançamento de software.

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