11.9. Configuração de um Pipeline de Integração Contínua (CI): Geração de Artefatos
A integração contínua (CI) é uma prática de desenvolvimento de software onde os membros de uma equipe integram seu trabalho frequentemente, geralmente cada pessoa integra pelo menos diariamente — levando a múltiplas integrações por dia. Cada integração é verificada por um sistema automatizado de construção (build) para detectar erros de integração o mais rápido possível. Um dos principais objetivos da CI é fornecer feedback rápido para que, se um defeito for introduzido no código base, ele possa ser identificado e corrigido o mais rápido possível.
Um pipeline de CI é composto por várias etapas, que podem incluir a compilação do código, testes automatizados, análise de qualidade do código e geração de artefatos. A geração de artefatos é um passo crítico, pois é o resultado do processo de compilação do código, que será posteriormente implantado em ambientes de teste ou produção.
Definindo Artefatos
Artefatos são arquivos gerados durante o processo de build. Eles podem incluir executáveis, bibliotecas, pacotes, contêineres, relatórios de testes e cobertura de código, entre outros. A geração de artefatos é o processo de criação desses arquivos a partir do código-fonte.
Configurando o Pipeline de CI para Geração de Artefatos
Para configurar um pipeline de CI para a geração de artefatos, é necessário seguir uma série de passos:
1. Preparação do Ambiente
Antes de tudo, é necessário garantir que o ambiente de CI esteja configurado com todas as ferramentas necessárias para construir o projeto. Isso pode incluir compiladores, sistemas de build como Maven ou Gradle para projetos Java, npm para projetos Node.js, entre outros.
2. Configuração do Processo de Build
Depois de preparar o ambiente, o próximo passo é configurar o processo de build. Isso geralmente envolve a criação de um arquivo de configuração (por exemplo, pom.xml para Maven, build.gradle para Gradle, package.json para npm) que define como o projeto deve ser construído.
3. Automatizando Testes
Os testes são uma parte crucial do pipeline de CI e devem ser executados antes da geração de artefatos para garantir a qualidade do código. Isso inclui testes unitários, testes de integração e testes de aceitação do usuário.
4. Geração de Artefatos
Após a compilação bem-sucedida e a execução de testes, o próximo passo é configurar a geração de artefatos. Isso geralmente é feito através de comandos específicos das ferramentas de build. Por exemplo, com Maven, isso pode ser feito com o comando mvn package
, que gera um arquivo JAR ou WAR.
5. Armazenamento de Artefatos
Uma vez gerados, os artefatos precisam ser armazenados em um local seguro. Muitas ferramentas de CI/CD oferecem seu próprio armazenamento de artefatos ou integração com repositórios externos como Nexus ou Artifactory.
6. Versionamento de Artefatos
É importante versionar os artefatos para rastrear quais versões estão em quais ambientes. Isso geralmente é feito através de tags de versão ou usando SHA de commits do Git.
7. Limpeza Pós-Build
Após a geração de artefatos, é uma boa prática realizar uma limpeza do ambiente de build para garantir que o próximo build comece em um estado limpo.
Boas Práticas na Geração de Artefatos
Existem várias boas práticas que devem ser seguidas ao configurar a geração de artefatos em um pipeline de CI:
- Reprodutibilidade: O processo de build e a geração de artefatos devem ser reprodutíveis. Isso significa que, se você pegar o mesmo código-fonte e executar o build, deverá obter o mesmo artefato.
- Consistência: Todos os artefatos devem ser gerados de maneira consistente, independentemente de onde o build é executado.
- Automatização: O processo deve ser totalmente automatizado, sem a necessidade de intervenção manual.
- Segurança: Os artefatos devem ser gerados e armazenados de forma segura, garantindo que não sejam adulterados.
Conclusão
A configuração de um pipeline de CI para a geração de artefatos é uma etapa fundamental no processo de entrega de software. Seguir as etapas e práticas recomendadas garantirá que os artefatos sejam gerados de forma eficiente, segura e consistente, permitindo que as equipes de desenvolvimento se concentrem na entrega de valor, em vez de se preocuparem com o processo de build.