A participação dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, que ocorreu de 1914 a 1918, é um tópico crucial para entender a dinâmica global do século XX. Embora a guerra tenha começado na Europa, a entrada dos Estados Unidos em 1917 teve um impacto significativo no desfecho do conflito e no cenário político mundial subsequente.
Antes de 1917, os Estados Unidos mantiveram uma política de neutralidade sob a liderança do presidente Woodrow Wilson. A economia americana, no entanto, beneficiou-se significativamente do conflito na Europa. Enquanto as nações europeias estavam em guerra, a demanda por bens e produtos americanos aumentou exponencialmente. Isso permitiu que os Estados Unidos saíssem de uma recessão econômica e entrassem em um período de prosperidade.
Contudo, a neutralidade americana foi desafiada por diversos eventos. O afundamento do navio de passageiros britânico Lusitania em 1915 por um submarino alemão, que resultou na morte de 128 americanos, gerou uma onda de indignação nos Estados Unidos. Além disso, a revelação do Telegrama Zimmermann em 1917, no qual a Alemanha tentou persuadir o México a entrar na guerra contra os Estados Unidos, foi a gota d'água que levou os americanos a entrarem no conflito.
Em abril de 1917, o presidente Wilson pediu ao Congresso que declarasse guerra à Alemanha, argumentando que o mundo deveria "estar seguro para a democracia". A entrada dos Estados Unidos na guerra representou um ponto de virada. Com recursos financeiros e militares vastos, os Estados Unidos foram capazes de ajudar as potências aliadas (França, Reino Unido e Rússia) a virar a maré contra as Potências Centrais (Alemanha, Áustria-Hungria e Império Otomano).
A presença americana também teve um impacto psicológico na guerra. A chegada das tropas americanas, conhecida como Força Expedicionária Americana, sob o comando do General John J. Pershing, aumentou o moral dos Aliados e colocou pressão adicional sobre as Potências Centrais. Em 1918, após uma série de ofensivas bem-sucedidas dos Aliados, a Alemanha pediu um armistício, efetivamente encerrando a guerra.
Após a guerra, o presidente Wilson desempenhou um papel fundamental na negociação do Tratado de Versalhes e na proposta da Liga das Nações, uma organização internacional destinada a prevenir futuros conflitos. No entanto, apesar dos esforços de Wilson, o Senado dos Estados Unidos rejeitou o Tratado de Versalhes e a participação na Liga das Nações, optando por uma política de isolacionismo.
Em resumo, a participação dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial marcou o início de um papel mais ativo do país nos assuntos globais. Apesar da resistência inicial à entrada na guerra, os Estados Unidos emergiram como uma potência global e tiveram um papel significativo na formação do cenário político do século XX.
Portanto, ao estudar para o ENEM, é essencial compreender a dinâmica da participação dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, pois ela moldou o curso da história mundial e a posição dos Estados Unidos como uma superpotência global.