11.10. Configuração de um Pipeline de Integração Contínua (CI): Armazenamento de Artefatos
A prática de Integração Contínua (CI) é fundamental no mundo DevOps, permitindo que equipes de desenvolvimento integrem seu trabalho frequentemente e detectem problemas precocemente. Um componente vital nesse processo é o armazenamento de artefatos, que garante que os binários, bibliotecas e aplicativos sejam armazenados de forma segura e eficiente. Nesta seção, vamos explorar como configurar um pipeline de CI que inclui o armazenamento de artefatos.
O que são Artefatos?
Em DevOps, um artefato é qualquer arquivo que é gerado como resultado do processo de construção (build) do software. Isso inclui executáveis, bibliotecas, pacotes, imagens de contêineres, scripts de banco de dados, documentação e mais. O armazenamento adequado desses artefatos é essencial para garantir que eles possam ser recuperados e utilizados em diferentes ambientes de forma consistente.
Por que Armazenar Artefatos?
Armazenar artefatos permite:
- Versionamento e rastreabilidade: Mantém um histórico de todas as versões dos artefatos, possibilitando o rollback para versões anteriores se necessário.
- Compartilhamento: Facilita o compartilhamento de artefatos entre diferentes equipes e fases do pipeline de entrega.
- Otimização: Evita a reconstrução de artefatos idênticos, economizando tempo e recursos.
- Consistência: Assegura que o mesmo artefato seja utilizado através de todo o processo de entrega, da integração à produção.
Escolhendo um Sistema de Armazenamento de Artefatos
Existem várias opções de sistemas de armazenamento de artefatos, cada um com suas características e benefícios. Alguns dos mais populares incluem:
- JFrog Artifactory
- Nexus Repository Manager
- GitHub Packages
- GitLab Package Registry
- Azure Artifacts
- Amazon S3 (para artefatos mais simples)
A escolha depende das necessidades específicas da equipe, do orçamento, da infraestrutura existente e das preferências de ferramentas. É importante selecionar um sistema que suporte os formatos de artefatos que você estará usando e que se integre bem com as outras ferramentas do seu pipeline de CI/CD.
Integrando o Armazenamento de Artefatos no Pipeline de CI
A integração do armazenamento de artefatos em um pipeline de CI geralmente segue os seguintes passos:
- Construção (Build): O código-fonte é compilado ou embalado, gerando os artefatos.
- Testes: Os artefatos são testados para garantir a qualidade.
- Armazenamento: Os artefatos aprovados são publicados no sistema de armazenamento de artefatos.
- Versionamento: Os artefatos são versionados, geralmente com base no número da build ou em uma tag de versão.
Para realizar essa integração, você precisará:
- Configurar o sistema de armazenamento de artefatos.
- Modificar os scripts de build para publicar artefatos após uma build bem-sucedida.
- Configurar as credenciais de acesso ao sistema de armazenamento de artefatos no servidor de CI.
Exemplo Prático: Configurando o Armazenamento de Artefatos com JFrog Artifactory e Jenkins
Vamos considerar um cenário onde usamos Jenkins como servidor de CI e JFrog Artifactory como sistema de armazenamento de artefatos.
- Instalação e Configuração do JFrog Artifactory: Primeiramente, instale e configure o Artifactory de acordo com a documentação oficial. Crie um repositório para seus artefatos.
- Instalação do Plugin Artifactory no Jenkins: Instale o plugin do Artifactory no Jenkins para facilitar a integração.
- Configuração do Job no Jenkins: Crie um novo job no Jenkins para o seu projeto. Na seção de configuração do job, adicione as etapas de build e publique os artefatos no Artifactory usando o plugin instalado.
- Autenticação: Configure as credenciais de acesso ao Artifactory dentro do Jenkins para permitir a publicação dos artefatos.
- Build e Testes: Configure o job para realizar a build e executar os testes necessários.
- Publicação de Artefatos: Após uma build bem-sucedida e testes aprovados, os artefatos são publicados no Artifactory com o número da build ou tag de versão.
Com essa configuração, cada vez que um commit é feito no repositório de código-fonte, o Jenkins inicia uma nova build, testa os artefatos e, se tudo estiver correto, publica-os no Artifactory.
Boas Práticas no Armazenamento de Artefatos
Algumas boas práticas para armazenamento de artefatos incluem:
- Automatizar o máximo possível: Automatize a publicação de artefatos para evitar erros humanos.
- Limpeza de artefatos antigos: Configure políticas para limpar artefatos antigos que não são mais necessários, liberando espaço de armazenamento.
- Segurança: Assegure que os artefatos estejam seguros, implementando controles de acesso e seguindo práticas de segurança recomendadas.
- Monitoramento: Monitore o sistema de armazenamento de artefatos para detectar problemas de disponibilidade ou desempenho.
Em resumo, o armazenamento de artefatos é um passo crítico no pipeline de CI que ajuda a garantir a eficiência e confiabilidade do processo de entrega de software. Escolher a ferramenta certa e seguir as melhores práticas garantirá que seu pipeline de CI seja robusto e escalável.