Ao longo do século XVI, a Europa sofreu profundas mudanças políticas e econômicas que culminaram na formação dos Estados Nacionais, caracterizados pela centralização do poder nas mãos do monarca. Este período é conhecido como Absolutismo, um sistema político que dominou a Europa entre os séculos XVI e XVIII.
O Absolutismo é caracterizado pela concentração de poder nas mãos do monarca, que governa com poderes absolutos, sem a participação de instituições representativas como parlamentos ou cortes. O rei é considerado um representante de Deus na Terra e, portanto, seu poder é inquestionável. A justificativa para tal autoridade era a teoria do direito divino dos reis, segundo a qual o monarca era escolhido por Deus e só a Ele devia prestar contas.
Alguns dos monarcas mais famosos deste período foram Luís XIV da França, conhecido como o Rei Sol, e Carlos I da Inglaterra. Luís XIV é frequentemente citado como o exemplo mais emblemático do absolutismo, governando a França com mão de ferro por mais de 70 anos. Durante seu reinado, ele centralizou o poder, controlou a nobreza e promoveu a França como o centro cultural da Europa.
Paralelamente ao Absolutismo, surgiu uma política econômica conhecida como Mercantilismo. Esta política defendia a ideia de que a riqueza de uma nação era medida pela quantidade de metais preciosos que possuía, especialmente ouro e prata. Nesse sentido, os Estados Nacionais buscavam acumular riquezas através do comércio exterior, da exploração de colônias e da imposição de altas tarifas sobre produtos importados.
O Mercantilismo era uma política econômica protecionista, que visava proteger a economia nacional da concorrência estrangeira. Para isso, os governos absolutistas incentivavam a produção interna de bens, a exploração de colônias e a acumulação de metais preciosos. Além disso, os Estados Nacionais buscavam manter uma balança comercial favorável, ou seja, exportar mais do que importar.
A política mercantilista teve um grande impacto na formação dos Estados Nacionais e na expansão colonial. Por um lado, permitiu que os Estados Nacionais acumulassem riquezas e fortalecessem sua economia. Por outro lado, levou à exploração das colônias e à intensificação do comércio de escravos.
Em resumo, o Absolutismo e o Mercantilismo foram duas faces da mesma moeda. O Absolutismo permitiu a centralização do poder nas mãos do monarca, enquanto o Mercantilismo proporcionou os meios para financiar o Estado e fortalecer a economia nacional. Juntos, eles moldaram a Europa dos séculos XVI a XVIII e deixaram um legado duradouro na história mundial.
Para a prova do Enem, é importante entender as características e as implicações do Absolutismo e do Mercantilismo. Além disso, é fundamental compreender como esses sistemas político e econômico se inter-relacionam e moldam a história da Europa e do mundo. Com essa compreensão, você estará bem preparado para responder a qualquer pergunta sobre este importante período da história.