4. Fisiologia da Cicatrização

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4. Fisiologia da Cicatrização

A fisiologia da cicatrização é um processo complexo e altamente coordenado que envolve uma série de eventos celulares e bioquímicos. A cicatrização de feridas é um processo dinâmico que ocorre em três fases distintas, mas sobrepostas: inflamação, proliferação e remodelação.

Fase Inflamatória

A fase inflamatória é a primeira etapa do processo de cicatrização. Ela se inicia imediatamente após a lesão e dura de 2 a 5 dias. Nesta fase, ocorre a vasoconstrição, que é uma resposta imediata à lesão para controlar a hemorragia. Em seguida, ocorre a vasodilatação, que permite a chegada de células inflamatórias, como os neutrófilos e os macrófagos, ao local da lesão. Os neutrófilos são os primeiros a chegar e têm como função principal eliminar bactérias e detritos celulares, enquanto os macrófagos são responsáveis pela fagocitose de bactérias e detritos celulares restantes e pela liberação de fatores de crescimento que promovem a migração e a proliferação de células como fibroblastos e células endoteliais.

Fase Proliferativa

A fase proliferativa é a segunda etapa do processo de cicatrização e dura de 2 a 21 dias. Nesta fase, ocorre a formação de tecido de granulação, que é um tecido de reparo temporário, extremamente vascularizado e rico em fibroblastos e células inflamatórias. Os fibroblastos são as principais células envolvidas na produção de colágeno, que é a principal proteína da matriz extracelular e que proporciona resistência e integridade ao tecido cicatricial. Além disso, nesta fase, ocorre a epitelização, que é o processo pelo qual as células epiteliais migram sobre o tecido de granulação para fechar a ferida.

Fase de Remodelação

A fase de remodelação é a última etapa do processo de cicatrização e pode durar de 21 dias a 2 anos. Nesta fase, ocorre a remodelação do colágeno, que é um processo que transforma o colágeno inicialmente depositado de forma desorganizada em um colágeno mais organizado e resistente. Este processo é mediado por enzimas chamadas metaloproteinases da matriz (MMPs), que são produzidas pelos fibroblastos e que têm como função degradar o colágeno desorganizado e permitir a deposição de um colágeno mais organizado e resistente.

Além disso, nesta fase, ocorre a contração da ferida, que é um processo que reduz o tamanho da ferida através da ação de células especializadas chamadas miofibroblastos. Os miofibroblastos têm a capacidade de se contrair, semelhante às células musculares, e assim diminuir o tamanho da ferida.

Em resumo, a fisiologia da cicatrização é um processo complexo que envolve uma série de eventos celulares e bioquímicos altamente coordenados. A compreensão deste processo é fundamental para o manejo adequado das feridas e para a promoção de uma cicatrização eficiente e eficaz.

É importante ressaltar que qualquer alteração ou interrupção em qualquer uma dessas fases pode resultar em uma cicatrização lenta ou em uma cicatrização inadequada, resultando em cicatrizes hipertróficas, quelóides ou feridas crônicas. Portanto, o conhecimento sobre a fisiologia da cicatrização é essencial para a prática de enfermagem no cuidado de feridas e curativos.

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